(o problema esteve mesmo nas cagajézimas? e eu com isso?)
Estou dorido. É impossível negá-lo. Há um cabrão dum amargo que ainda não digeri pois eu acreditava sem peias que a segunda volta estava garantida. Aliás, eu tinha medo é da 'segunda' e não da passagem a ela. Ontem e hoje comentei-o até. Cagajézimas.
Entro no café e penso que estatisticamente estão lá 50,cagajézimas doutras maneiras de pensar - e a política, sabemo-lo, vai muito além do que está no poder coisa e tal: no dia-a-dia e no relacionamento com as pessoas há virtudes e há defeitos que se exibem, sendo que há tantos que se colam persistentemente a este ou àquele pensamento político. Práticas, imbuídas ideologicamente em forma balizada por estereotipos, ao pensar a sociedade e até o nosso papel no Mundo. Umas que achamos positivas e até aprendemos com elas, outras que olhamos como as a evitar e a reprovar quando com elas deparamos. Cinquenta vírgula cagajézimas, e penso se uma das uma das cagajézimas não será aquele, tem cara disso, aquele lá ao fundo que lê o jornal ou o que entrou para comprar cigarros. Porque elas existiram e não desapareceram todas às sete horas em ponto (as cagajézimas).
Olho para eles e penso se serão das cagajézimas por que perdemos as eleições presidenciais. Ou se são dos robustos cinquenta por cento (o problema está nas cagajézimas). Daí penso que se tivesse sido ao contrário ainda nem tinha reparado nas cagajézimas, entretido a festejar com direito a anos e anos. Que ganhara por cagajézimas, e uma cagajézima quando sai do seu cagajézimo valor ganha manias como se fossem notas de cem euros na carteira: faz um estardalhaço do caraças (mas gasta-se num instante).
Porque é que as cagajézimas não estiveram do meu (nosso, menos as cagajézimas) lado? a "mensagem Manuel Alegre" não cativou as cagajézimas? não houve empatia e não se identificarem para papel passado, passado com um xis? E eu com isso? olho para eles (sim, cinquenta mais as cagajézimas existem!) e noto que não são das mesas onde eu cagajézimo de vez em quando. Também as outras incluindo a onde me sento, que sem as cagajézimas hoje são são quarenta e mais não sei o quê (menos as tais cagajézimas) do meu viver. Que descobriu identificações com uma Mensagem que (me) colectivizou (com) tanto mundo ao ponto de descobrirem-se novos significados para tanta coisa, e sentir-se uma causa. Naturalmente, as emoções cimentaram-se em pisares mais alegres dos dias - e esta é a palavra certa, é a mais bonita para contá-lo.
Talvez porque se ignoraram as cagajézimas e não se (-lhes: cagajézimas) fez campanha específica. Não se pode ter tudo, mesmo que a diferença para ganhar ou perder sejam meras cagajézimas e, ao ignorar-se a cagajézima, esta vê a oportunidade de sair do seu cagajézimo valor, depois ganha manias como se fosse uma nota de cem euros na carteira: faz um estardalhaço do caraças e deixa-nos outra vez tesos num instante. Foi aí que dizem que perdemos as eleições - faltaram-nos cagajézimas para ir outra vez a contas, desta vez sem haver cagajézimas que não percebessem que tinham de valer por pontos inteiros.
Estou mesmo zangado com isto, esta história das cagajézimas. São tão, tão, tão cagajézimas que eu nem sei se com elas se ganha ou sem elas também. Afinal são o que são: cagajézimas. E eu com isso? e os meus quarenta e nove vírgula tal, vírgula menos as cagajézimas? não são tantos, tantos, e sem cagajézimas?
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