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Não sei se é o vício, uma preocupação estética com o moribundo, ajeitando-lhe as roupas para estar apresentável às visitas, ou se é saudade. Dando o dito por não dito e com a desculpa de que não gosto que no meu blogue o 'post primeiro' perdure muito tempo sendo um post político, achei que deveria escrever mais um pouco, pouca coisa.
Quem olhar para baixo lerá palavras que no futuro muito serão lembradas (por isso achei-as importantes para linká-las) mas já não é o centro da montra. Aqui o centro da montra não é politicamente moldado, pois se o meu candidato diz que os excessos partidários afunilam a vida cívica, eu vou mais longe e resmungo que esse funil asfixia-me, turva-me o vinho que me alegra a cívica mesa. Pode estar modesta, sem lautas iguarias que deixem os convivas a salivar. Aceito, pois também tenho olhos e barriga e não sou parvo ao ponto de não saber o que é bom e sabe bem. Mas, modesta assim, deixo em cima da toalha, com grandes quadrados vermelhos e brancos, uma malga com azeitonas, esmerando-me no temperá-las com ervas e alho e azeite, um queijito meia-cura, pão cá da casa e uma garrafita ou duas de vinho. Sobremesa não há.
Já parto para leituras doutras ementas mais descansado. É que um gajo tem que ter a dignidade de saber receber com o melhor que tem, seja ele pouco ou farto.
2 Comments:
bom f.s
e, com o que deixas, quem é que precisa de sobremesa?... - beijo, muf'
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