Xicuembo (versão 3.0)

memórias & resmungos do Carlos Gil

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domingo, abril 24, 2005

25 de Abril

Dia de discursos, dia em que os escritores se espraiam em penas inspiradas, loatórias, outros discursos em trocadilhos que contam e festejam a data. Debalde, eles estão gastos. Não há trocadilhos possíveis porque esgotaram-se porque houve um escritor que os gastou, usando, criando, o trocadilho que tudo diz num zê no lugar dum cê, vinte e zinco e não vinte e cinco.
O zinco na cobertura das casas não terminou a vinte e cinco, e seis, e sete, ele é tão perpétuo como a sinfonia das gotas de chuva que caiem nas palhotas e nas barracas em zinco cobertas, fazendo-o soar como trovão de protesto, martelar no zinco, bateria de sons, Abril, Abril, vinte e cinco, vinte e zinco, vinte e zinco do escritor. Letal, palavra letal, palavra de escritor que nos discursos do vinte e cinco não ouve a palavra zinco e dela se recorda quando ouve a chuva cair, sinfonia no zinco, e assim o escreve.
Obrigado pela frase, Mia. O meu Abril, o teu, o nosso, agradece e não o esquece, o zinco do vinte e cinco, zinco.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lindo Carlos, nada mais a falar, pois basta sentir. Sabes que não sei falar muito ehehehehe Jinhos Tareca

domingo, abril 24, 2005 2:19:00 da tarde  

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