Não sei
Há tanto tempo que não escrevo no blogue... no blogue e em nada, contrariamente a hábitos que me tinha imposto não tenho reservado algumas horas diárias para a escrita. Penso nisso continuamente. No porquê, neste receio de escrever pois não me sinto ‘árido’ e este texto será prova. Continuo a gostar de escrever, basta começar. Estender-me, dar-me, contar devagar e se possível bem o que penso, o que sinto, como sou e como fui, reservo o que desejo ser pois nem eu disso sei o suficiente. Estes são os meus momentos de intimidade. Pública, o que por vezes me envergonha e também me retrai. Na intimidade do silêncio e do anonimato há muito de cobarde e eu também o sou. Olhar o mundo e sobre ele opinar em círculos pequeninos, quando o é pois há quem nem o clube revele ao colega de trabalho, e parecem assim viverem felizes... Num blogue é impossível, conta-se do clube e dos amores, do passado e das ideologias, conta-se e comenta-se a vida, desabafa-se como é habitual dizer-se.
Ora eu não ando em maré de desabafos. Nervoso com muita coisa, preocupado com o serviço que cada vez é mais que muito e com o tempo mais se atrasa, desiludido de algumas ilusões, ando há bastante tempo fechado em mim e, creio, assim continuarei. Quanto tempo mais, não sei. Até as leituras na net foram reduzidas a mínimos que eram impensáveis, uma voltinha por blogues amigos em que a saudade se mistura com a vergonha deste silêncio, umas espreitadelas aos Grupos MSN mas sem nenhum ânimo para participar para além das leituras furtivas dalgumas mensagens seleccionadas de forma avara. É o limbo, não é um hipotético ‘regresso’ ao mundo não virtual que continuo a olhar com o receio de quem nele se sente um estranho após tanta ausência, e sem saudades... No tempo em frente ao computador, ainda a maior parcela do meu dia útil, divido-o entre odiados requerimentos e uma furiosa recolha de fotos de carros via motores de busca e outras artimanhas que nestes (largos) meses descobri. Há pouco pedi a informação do tamanho do arquivo e deu assim: 143.582 ficheiros (leia-se fotos), em 10.629 pastas (leia-se arquivos rotulados), que ocupam 64,0 GB de espaço no disco rígido. Insanidade, obsessão, criancice – ‘hobby’ já é palavra curta. No lugar de escrever, criar, no lugar de conviver, viver. Um limbo que se sonha construído como o maior museu virtual automóvel, a minha evasão e refúgio, a minha negação à realidade.
Às vezes penso fazer como outros e fechar a loja, possivelmente para abri-la noutro link-local e procurando no anonimato o prazer que aqui já tive e que perdi. Porque, repito, continuo a gostar de escrever e quando faço um texto íntimo nasce-me um prazer físico como se fosse um exibicionista de sentimentos e intimidades, precisando de adivinhar a existência de público para me sentir realizado. Não sei, não sei que volta levará este blogue. Também se pode tomar como bem possível que amanhã, ou não, escreva três posts seguidos, ou não, coisa mui humorada e mui inteligente, ou talvez até não.
(o Word diz-me que esta é a 37ª linha, estou contente e não vou abusar. Até já, até logo, a gente vê-se)
Ora eu não ando em maré de desabafos. Nervoso com muita coisa, preocupado com o serviço que cada vez é mais que muito e com o tempo mais se atrasa, desiludido de algumas ilusões, ando há bastante tempo fechado em mim e, creio, assim continuarei. Quanto tempo mais, não sei. Até as leituras na net foram reduzidas a mínimos que eram impensáveis, uma voltinha por blogues amigos em que a saudade se mistura com a vergonha deste silêncio, umas espreitadelas aos Grupos MSN mas sem nenhum ânimo para participar para além das leituras furtivas dalgumas mensagens seleccionadas de forma avara. É o limbo, não é um hipotético ‘regresso’ ao mundo não virtual que continuo a olhar com o receio de quem nele se sente um estranho após tanta ausência, e sem saudades... No tempo em frente ao computador, ainda a maior parcela do meu dia útil, divido-o entre odiados requerimentos e uma furiosa recolha de fotos de carros via motores de busca e outras artimanhas que nestes (largos) meses descobri. Há pouco pedi a informação do tamanho do arquivo e deu assim: 143.582 ficheiros (leia-se fotos), em 10.629 pastas (leia-se arquivos rotulados), que ocupam 64,0 GB de espaço no disco rígido. Insanidade, obsessão, criancice – ‘hobby’ já é palavra curta. No lugar de escrever, criar, no lugar de conviver, viver. Um limbo que se sonha construído como o maior museu virtual automóvel, a minha evasão e refúgio, a minha negação à realidade.
Às vezes penso fazer como outros e fechar a loja, possivelmente para abri-la noutro link-local e procurando no anonimato o prazer que aqui já tive e que perdi. Porque, repito, continuo a gostar de escrever e quando faço um texto íntimo nasce-me um prazer físico como se fosse um exibicionista de sentimentos e intimidades, precisando de adivinhar a existência de público para me sentir realizado. Não sei, não sei que volta levará este blogue. Também se pode tomar como bem possível que amanhã, ou não, escreva três posts seguidos, ou não, coisa mui humorada e mui inteligente, ou talvez até não.
(o Word diz-me que esta é a 37ª linha, estou contente e não vou abusar. Até já, até logo, a gente vê-se)
4 Comments:
Vai com calma. Há que dosear as coisas. A vida é como um coktail que quando é bem combinado é um prazer... quando não ... dá uma ressaca do caraças.
Há sempre a outra opção que nos diz que apesar do dia seguinte ser uma desgraça, a noite anterior valeu a pena.
Um abraço
Tu já não te livras de mim...! como feiticeiro que já não pode parar o feitiço...seja o que for que te decidas a fazer...
beijo, th
O cérebro também precisa de descansar... mas a ti pelos vistos o Outono mexe contigo...também
Parece que este post me fez bem! falei, falei, e logo a seguir meti uma parga de posts, até fiz assim como que uma pûzzia que não está má de todo (lol - ver cx de comentários...)
Nos entreatntos pewrdi um comboio e bebi umas pints, e hoje deu-me para responder a comentários, o que raramente faço. Outra latita, please!
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