Amor
Alonga-se a caneta em trejeitos graciosos quando te escrevo. Em letras miudinhas, certas, bonitas, esta mão apura-se e afina-se para a caligrafia de te escrever.
O á é perfeito, bem desenhado na sua inclinação por ti. Segue-se o éme com as perninhas todas do mesmo tamanho, gémeas como eu me sinto quando te escrevo e imagino-te lendo-me. O ó, é o óvulo da criação, berço do sentimento: dele nasce a razão desta caligrafia desenhada, sem ele assim traçado a palavra seria um genérico vago que não entenderias quando a lesses, decapitada do érre galante que sempre me acontece e torna-me a mão firme quando te escrevo, meu amor.
O á é perfeito, bem desenhado na sua inclinação por ti. Segue-se o éme com as perninhas todas do mesmo tamanho, gémeas como eu me sinto quando te escrevo e imagino-te lendo-me. O ó, é o óvulo da criação, berço do sentimento: dele nasce a razão desta caligrafia desenhada, sem ele assim traçado a palavra seria um genérico vago que não entenderias quando a lesses, decapitada do érre galante que sempre me acontece e torna-me a mão firme quando te escrevo, meu amor.
5 Comments:
nem todas as cartas de amor são ridículas.
um abraço
graziela
Verdadeiramente bonito, do mais belo que o moço já escreveu. Uma sem postiço.
Lindo, lindo. Assim ninguém te resiste.Beijos.
Amor erudito...gostei, mas porquê com letra pequena???
terna? íntima? sei lá... escrevo o amor sempre em letras pequeninas
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