O teste do toque
Aquele momento em que há que decidir entre a causa que não se lobriga na ementa habitual e os alarmantes sinais visíveis, os manómetros avulsos medidos em análise têm gráficos esquisitos e confusos na definição de origem. A simulação, o dedo que avança em riste sobre a zona da queixa, a apurar em teste final pela defesa instintiva; o doente tem ‘defesa’ e os gráficos são lidos doutra forma, bisturi para busca visual. O medo à dor gera ‘defesa’ e em busca duma crise de apêndice olhos que já muito viram analisam outras lesões que não aquele que, por prudência é retirado; mas onde não tocam para além da análise superficial por ser matéria em que o corte tem de ser bem medido antes. Foi-o seis meses depois, oito anos atrás mais ou menos vintena, oito anos com outro valor a considerar no teste do toque, se o doente tem ou não ‘defesa’.
O referendo europeu é em Outubro, ir tão descaradamente ao bolso colectivo é um testo de toque que vai atulhar as urgências de crises de urbanidade, da carência duma vivência mais solta e menos amarga. Falo da dose de felicidade que a sociedade nos deve de avanço e bónus quando acordamos, e cuja ausência relapsa hoje se vê cada vez mais em faces minguantes pela contínua responsabilização fiscal numa crise onde, suspeita-se maioritariamente, muito pouca comparticipação se teve. Que vai valer um referendo, nestas condições? O raio do choque tecnológico prometido ameaça atingir, em oportunismos políticos de todos os sabores, a nossa inteligência quanto ao pensar o futuro. Mesmo que aí venha em trezentas páginas, como já li de quem nisso repara, haverá sempre e para meu prazer e conforto quem delas extraia o sumo e o discuta, tudo ao sol; das tais leituras que nos aclaram dúvidas pela racionalidade e clareza da reflexão. E se vai haver que ler sobre o ataque fiscal, em conjunto com o referendo europeu…
Se isto correr mal e ao teste do toque a ‘defesa’ reagir, recordo a experiência pessoal atrás contada: a extracção do apêndice é certa, e o referendo europeu não valerá um chavo sem um estudo cuidado das razões da infecção que tanto incómodo gera e justifica intervenção cirúrgica de emergência. Um bom médico não mente ao doente, mas faz-lhe o teste do toque para aferir a veracidade da queixa.
O referendo europeu é em Outubro, ir tão descaradamente ao bolso colectivo é um testo de toque que vai atulhar as urgências de crises de urbanidade, da carência duma vivência mais solta e menos amarga. Falo da dose de felicidade que a sociedade nos deve de avanço e bónus quando acordamos, e cuja ausência relapsa hoje se vê cada vez mais em faces minguantes pela contínua responsabilização fiscal numa crise onde, suspeita-se maioritariamente, muito pouca comparticipação se teve. Que vai valer um referendo, nestas condições? O raio do choque tecnológico prometido ameaça atingir, em oportunismos políticos de todos os sabores, a nossa inteligência quanto ao pensar o futuro. Mesmo que aí venha em trezentas páginas, como já li de quem nisso repara, haverá sempre e para meu prazer e conforto quem delas extraia o sumo e o discuta, tudo ao sol; das tais leituras que nos aclaram dúvidas pela racionalidade e clareza da reflexão. E se vai haver que ler sobre o ataque fiscal, em conjunto com o referendo europeu…
Se isto correr mal e ao teste do toque a ‘defesa’ reagir, recordo a experiência pessoal atrás contada: a extracção do apêndice é certa, e o referendo europeu não valerá um chavo sem um estudo cuidado das razões da infecção que tanto incómodo gera e justifica intervenção cirúrgica de emergência. Um bom médico não mente ao doente, mas faz-lhe o teste do toque para aferir a veracidade da queixa.
2 Comments:
Falou e disse - b'noite, IO.
E disse muito bem, que todo este assunto nos desencoraja de irmos às urnas, pensem nisso e não deixem de ir...estamos a precisar de ser felizes!
Enviar um comentário
<< Home