Xicuembo (versão 3.0)

memórias & resmungos do Carlos Gil

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segunda-feira, junho 06, 2005

Coisas de azelha, sem bandeira preta

Esta ponte que o blogue me deu deveu-se mais a inabilidades próprias (minhas) que à mangussagem (dele) que já propagandeava aos ventos: ele não fugiu nem com uma marinheira nem com uma espanhola, simplesmente este nabo após ter feito alguma das suas invenções não clicou no 'republicar' e ele escondeu-se no limbo, quatro dias. Se só ou bem acompanhado, isso é conversa que ainda teremos, mas é coisa entre nós dois. Nestes dias de férias inesperadas acolhi-me com mais empenho nos sites MSN e até fiz por lá umas brincadeiras de que aqui darei fé. Coisas de mangussagem, essencialmente.
Entretanto recebi bastos mails apelando a, 10 de Junho, a febre bandeiral cair para o lado negro da coisa, bandeira negra como sinal de protesto. Ora, bandeiras negras, conheço duas e só uma é de protesto, a outra revela negro demais para ser outra coisa que um grito de desespero que, convenhamos, nem reconheço nem entendo como o caso nacional.
Na primeira versão aludo à bandeira anarquista, estandarte que prezo por razões muito pessoais e que têm a ver com o meu particular percurso de pensamento político, e houve uma altura em que essa bandeira era a minha. Hoje já não é, mas sei o suficiente de anarquismo ideológico para, intuitivamente, adivinhar que a brigada do bandeiral para o 10 de Junho quer é outra coisa, fico-me pelas ginjas.
Pelo outro: históricamente a bandeira negra representou casos extremos de carência, em vulgo cru Fome. Casa que a hasteasse reclamava apoio para alimento e não vejo esta sociedade de desperdícios e de supérfluos assim tão carenciada. Quantas arregimentações para o bandeiral programado estão a ser feitas por sms, telemóveis, adsl's e e-mails, etc, tanto que é supérfluo se a fome existir? todas, portanto não achincalhemos o que é muito sério, uma bandeira negra hasteada. E, felizmente, não é uma constante nacional, há casos de carências gritantes, sim, claro, mas não há Fome generalizada.
Post chato este, de regresso. Nunca gostei de exageros e, menos ainda, da baixa política e da sua mana muita puta, a populista demagogia.

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