Sinal ortográfico de dois pontos (:)
A adenda ao post anterior (que cheguei a pensar retirar, mas optei por explicá-la neste) não indicia mais que desconsolo e cansaço, males periódicos que me orgulham pois se o preço é sofrer por não perder a sensibilidade social, só me cumpre ser estóico e deixar a má cara para a sua escrita.
O idealismo, principalmente o chamado 'juvenil', vale essencialmente como formativo, não pela superior mais-valia das damas então defendidas, das maravilhosas e perfeitas teses elucobradas tantas vezes com cândida ingenuidade. O princípio formativo, o motor de arranque já accionado e, assim, capaz de ser re-ligado 'outro' dia, outra idade e época, é esse o seu valor. Entenda-se tal como na formação académica dita clássica, em que há carradas de conhecimentos que se adquirem sem a miníma ideia de utilidade, sendo que a diferença é que eles entraram, com boa ou má cara eles entraram e andam por cá esquecidos até ao 'tal' dia.
Hoje sei e não duvido que as vidas fora nosso universo virão um dia aos nossos olhos não em formato de lindas meninas em mini-saia ou em pose de figurantes duma ópera-rock, e que o dito universo não é uma espécie de aquário com um olho gigantesco a espreitá-lo, tipo big brother. Acrescente-se o socialismo científico e a psicanálise de café, o mundo dividido exclusivamente em bons e maus. Envelheci, e o meio ambiente existe desde que acordo até a minha luz fugir.
Mas... e é este mas que me lixa: porque quando hoje olho o futuro gosto de imaginá-lo como ideal numa perfeita harmonia, muitas mini-saias e todos felizes. E não ando a consegui-lo, daí deriva a tristeza, principalmente por causa da cara de parvo no precavido caso de se concretizar a tal hipótese do aquário.
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