Cópula
O acasalamento humano fascina. Quem o vive e o sonha com ternura, e quem dele faz obsessão e capa para taras à la carte. Penso que vai buscar esse fascínio à tremenda mistura de sensibilidade que invoca quando a memória o aborda com um sorriso, junto com o cavalgar selvagem do corpo encantado quando nele se soltam as nossas feras, os poros abertos e a resfolegarem por mais carne, posse e entrega - e que bem isso faz à alma...
Depois há toda a mística, os sonhos naturais e os alimentados. Tudo se cozinha em consenso, para ser servido em travessa de piéce de resistance quando se pensa num menu de boa-vida de referência. Há cem anos atrás a literatura erótica e o vouyerismo tinham 'espaço', hoje têm-no, e daqui a cem anos os que cá andarem também serão irredutíveis curiosos.
Ou seja: mesmo a queca mais mal dada, aquela em que se pensa que mais valia ter ido dormir ou ler um livro, internet ou televisão, é (será? seria?) olhada por terceiros com o que chamo de 'olho gordo', sequioso e ciumento. O artista pode estar insatisfeito com a sua obra, seu desempenho, que há sempre alguém mal fodido na plateia que está disposto a fazer lances loucos caso a tela vá a leilão.
Chama-se a isto um post sem jeito, masturbatório.
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