Carpo, metacarpo e falange Vs o problema orçamental do Estado
Não ando satisfeito com a arrumação da lista de links. Não se trata da tributação individual deste ou daquele vizinho, pois, soberano no meu blogue, taxo e arrumo como entendo, merecendo a cortesia e a boa educação uma notificação explicativa ao tributado quando não se trate de boa nova fiscal.
O problema está na escalonagem. Via excepções e benefícios especiais saltito demais nos clicks, quando por sua frequência de uso e igualdade de prazeres de leitura tal incómodo não deveria existir. Se são vizinhos no uso a taxa devia aproximá-los e poupar a minha mão destra, com pele, epiderme e nervos já visivelmente afectados pelo abuso de rato, a uma próxima e temida visita a um neurologista mais os inevitáveis tratamentos que, suspeito, passarão pelo apertar de cinto na utilização temporal dos fundos tributários. Isto dos remédios é sempre chato pois costumam ser amargos e privar-nos dalguns prazeres. Do tipo usa menos se te queres curar, aperta lá o cinto. E tributa. Tributa com taxas que gerem receitas conforme as despesas que tens, para não ires à falência. Mais coisa menos coisa será assim, pois suspeito que não haverá pomadas que dêem resultado se o tratamento não for à raiz da comichão e do tremer contínuo da mão que utilizo para prover-me de tanto que preciso.
Há um lado do problema que é o dos direitos adquiridos pelos tributados. Não se retira um subsídio que foi concedido prenhe de justiça por dá cá aquela palha; nalguns casos até tardiamente, pois até antes reivindicados com gravidez de razão que não pude mais ignorar após denunciada; mesmo protelando parto à satisfação dos protestos. Há razões sociais argumentadas e de valor que repugna discutir, normalmente para reduzir taxas pela instauração daquela coisa chamada caso especial ou excepção, que, perseguindo critérios equitativos, rapidamente junta uma equipa de futebol à volta da lógica do argumento em prol do benefício fiscal.
Aqui na tasca as causas estão ligadas a razões regionais, globalmente, também com pitada às históricas e polvilhado de sentimentais. O que está a resultar nisto, pois há outro lado do problema e que é o de que me dói a mão cada vez mais. A minha consciência social pariu taxas e taxinhas, sub-divisões para baixo e para cima na coluna de links, que me obrigam a maior uso de recursos físicos com a mão direita, a do rato, agravando ainda que o aumento de esforço veio com menor receita fiscal. A continuar assim adivinha-se que em breve não dará para a despesa.
Que fazer? Criando germens de (filosoficamente justa) revolta, servir a mesma receita ‘ao contrário’ e disparar taxas, integrando à força em escalões agravados quem não tem nem culpa de escrita nem proveito de visita? Criar impostos especiais por acréscimos aos que pagam, fazendo remunerar os meus pecados a quem deles não vê nota? Ser um déspota socialmente injusto, só porque tenho um blogue e dói-me a mão? Como compreenderão estes não são caminhos aconselháveis a quem quer viver muito tempo com boa fama num bairro, net-bairro ou qualquer outro. Assim acontecendo, se a gerência do blogue dependesse de eleições mal viessem as primeiras era corrido com carta de recomendação tal, que não me permitiria, sequer, deixar um mero comentário no blogue mais deles carente, assim tipo vedeta espelhada ou campeão inseguro. Bloqueavam tudo mal me aproximasse e reconheço legitimidade ao previsto asco, pois dos actos do Poder que lesam terceiros a memória pública não se deve apagar facilmente. O aumento de impostos no meu blogue nada resolverá, é placebo enganador quer já perante o amanhã quer mais com o que virá depois.
Há que decidir. O dedo dos cliks e da roda dentada perdeu já muita da sua sensibilidade, dói-me a palma da mão de forma que parece crónica (é moínha que dura a tempo inteiro) e, agravado pela magreza do espécime-eu, até nela tenho ossos que doem. Acuso nomeadamente as falanges do indicador e polegar, e o carpo, lado interior e que assenta no tampo da secretária; entre eles, o metacarpo, que ainda não se queixa. Além dum crispar e dum tremer, contracções e espasmos de nervos que não denunciam saúde ao clic-clic membro.
Tendo o poder legislador não posso assumir uma pose de irresponsabilidade e esconder a mão no bolso, fazer que o problema não existe porque lhe viro a cara e faço que não o vejo. A mão dói, ontem doía e amanhã doerá. E sou destro, não tenho ‘artes mágicas’ que levem a outra a mais habilidades que pegar um objecto ou segurar um cigarro. Utilizá-la para o rato é-me impensável, em nada viável pois ela não recebeu os anos de formação que esta, a malandra, a ora queixosa, teve nesta função de clic-clic, aponta seta e clic. Enfim, resume-se em ‘não dá’, e até aprender para ‘dar’ a net-vida não pára lá porque eu criei um monstro fiscal que me faz doer a mão.
Uma emenda pior que o soneto era taxar tudo por igual e ordená-los por via alfabética; penso que, por onomástica felicidade criativa dos autores que visito, rapidamente ia parecer o elevador da Nazaré, clic-clic em cima, clic-clic em baixo e clic-clic sei lá onde mais. Coitada da mão, então obrigada a maratonas quando o que ela precisa é do descanso e curtas deslocações da roda dentada nas visitas de assiduidade. A igualdade fiscal é uma treta pois se há muitos Antónios também há os Zacarias, não tendo nem mãe nem pai nem padrinho ou oficial de Conservatória culpa de o registando vir um dia a tomar-se de brios e primores nas letras, e criar um blogue.
Não tenho competência para resolver o problema orçamental nacional, coisa de dinheiros graúdos, maquias que tratando-se do Estado passam-se a escrever e a ler com grafia fiscal. Para isso há consultores e deputados, secretários e ministros, conselheiros e figuras pardas. Eu só tenho um blogue, e já agora uma mão que dói avisando que há um notório desajustamento qualquer, réplica dolorosamente pessoal mas felizmente menor dos célebres buracos orçamentais.
Finalmente:
Estabeleço as seguintes medidas privadas, e enfie o garruço quem do seu tamanho tire bom proveito, estatalmente estruturado ou não: por restrições orçamentais e dores na falange do indicador são suspensas as visitas de cortesia ou de pura mangussagem – melhores tempos virão e eu ainda sou um rapazinho; pelo incómodo ardor do carpo as viagens diplomáticas são mantidas exclusivamente junto dos links de mais antigo e sempre fiel fascínio – não é pela dor numa mão que privo todo o eu de tais prazeres entre tantos meros agrados, estes quantas vezes ilusórios e passageiros; relativamente ao treme-treme e a seu pretexto são estabelecidos e são para cumprir horários de visitas que façam esquecer este afã do ‘vai lá espreitar, que sicrano já deve ter postado’ ou de cuscar as pitas e as suas conversas de toilette para ver o que contam e o que mostram dos folhos e rendados das suas intimidades – haja calma que ninguém vai morrer: os textos não fogem excepto em caso de trágico blogo-suicídio, e elas muito menos pois são vaidosas e exibicionistas natas.
É mais justo penalizar o profícuo legislador, o mãos largas, insensato e despreocupado linkador, emagrecendo a despesa do monstro de longo rabo que fez crescer na coluna da esquerda. Dar repouso revitalizante aos dedos do clic-clic, em dor reclamantes de receita e de receitas que de lá, coluna de links, não vêem; ou, se vêem, não o fazem em assiduidade compensatória. Mantêm-se em vigor os benefícios fiscais mas a fiscalização andará de olho atento à evasão produtiva de qualidade, com expulsão do quadro de benefícios a quem deles não justificar: é maior e mais satisfatório o meu ronronar à seda da qualidade, mesmo que tão parca que apenas permita estender mão dorida mas gulosa por afago do bem escrito, que o olhar impaciente para enormes lençóis lisos, pano-cru sem bordados de qualidade, clic-clic perdulário, rre-rre da rodinha do rato.
Lamento se até determinada altura do texto o caríssimo leitor, crédulo e bem intencionado, acreditou ser possível vir a ler cura milagrosa para buracos orçamentais. Eu sou só um gajo que é bloguista viciado e a quem dói a mão direita, falanges e carpo, ainda não o metacarpo. Se o induzi a tal inocência permito-me a presunção de que nesse momento fui um bloguista realizado. Liam-me e confiavam em mim, dávida dum deus dos blogues e tão discreto que ainda incógnito, que apiedou-se e lembrou-se deste seu devoto. Ajudou à oração a mão que dói e também o olhar socialmente preocupado para uma coluna de links que cresce, cresce, eu um único para lê-los, todos especiais por uma razão, um momento, nalguns até por um post que nunca mais se repetiu mas por ele ganharam taxa, assim justa.
Oxalá um orçamento de Estado dispusesse de tantos links, carpo, metacarpo e falange. Diplomaticamente, acho que já escrevi demais.
O problema está na escalonagem. Via excepções e benefícios especiais saltito demais nos clicks, quando por sua frequência de uso e igualdade de prazeres de leitura tal incómodo não deveria existir. Se são vizinhos no uso a taxa devia aproximá-los e poupar a minha mão destra, com pele, epiderme e nervos já visivelmente afectados pelo abuso de rato, a uma próxima e temida visita a um neurologista mais os inevitáveis tratamentos que, suspeito, passarão pelo apertar de cinto na utilização temporal dos fundos tributários. Isto dos remédios é sempre chato pois costumam ser amargos e privar-nos dalguns prazeres. Do tipo usa menos se te queres curar, aperta lá o cinto. E tributa. Tributa com taxas que gerem receitas conforme as despesas que tens, para não ires à falência. Mais coisa menos coisa será assim, pois suspeito que não haverá pomadas que dêem resultado se o tratamento não for à raiz da comichão e do tremer contínuo da mão que utilizo para prover-me de tanto que preciso.
Há um lado do problema que é o dos direitos adquiridos pelos tributados. Não se retira um subsídio que foi concedido prenhe de justiça por dá cá aquela palha; nalguns casos até tardiamente, pois até antes reivindicados com gravidez de razão que não pude mais ignorar após denunciada; mesmo protelando parto à satisfação dos protestos. Há razões sociais argumentadas e de valor que repugna discutir, normalmente para reduzir taxas pela instauração daquela coisa chamada caso especial ou excepção, que, perseguindo critérios equitativos, rapidamente junta uma equipa de futebol à volta da lógica do argumento em prol do benefício fiscal.
Aqui na tasca as causas estão ligadas a razões regionais, globalmente, também com pitada às históricas e polvilhado de sentimentais. O que está a resultar nisto, pois há outro lado do problema e que é o de que me dói a mão cada vez mais. A minha consciência social pariu taxas e taxinhas, sub-divisões para baixo e para cima na coluna de links, que me obrigam a maior uso de recursos físicos com a mão direita, a do rato, agravando ainda que o aumento de esforço veio com menor receita fiscal. A continuar assim adivinha-se que em breve não dará para a despesa.
Que fazer? Criando germens de (filosoficamente justa) revolta, servir a mesma receita ‘ao contrário’ e disparar taxas, integrando à força em escalões agravados quem não tem nem culpa de escrita nem proveito de visita? Criar impostos especiais por acréscimos aos que pagam, fazendo remunerar os meus pecados a quem deles não vê nota? Ser um déspota socialmente injusto, só porque tenho um blogue e dói-me a mão? Como compreenderão estes não são caminhos aconselháveis a quem quer viver muito tempo com boa fama num bairro, net-bairro ou qualquer outro. Assim acontecendo, se a gerência do blogue dependesse de eleições mal viessem as primeiras era corrido com carta de recomendação tal, que não me permitiria, sequer, deixar um mero comentário no blogue mais deles carente, assim tipo vedeta espelhada ou campeão inseguro. Bloqueavam tudo mal me aproximasse e reconheço legitimidade ao previsto asco, pois dos actos do Poder que lesam terceiros a memória pública não se deve apagar facilmente. O aumento de impostos no meu blogue nada resolverá, é placebo enganador quer já perante o amanhã quer mais com o que virá depois.
Há que decidir. O dedo dos cliks e da roda dentada perdeu já muita da sua sensibilidade, dói-me a palma da mão de forma que parece crónica (é moínha que dura a tempo inteiro) e, agravado pela magreza do espécime-eu, até nela tenho ossos que doem. Acuso nomeadamente as falanges do indicador e polegar, e o carpo, lado interior e que assenta no tampo da secretária; entre eles, o metacarpo, que ainda não se queixa. Além dum crispar e dum tremer, contracções e espasmos de nervos que não denunciam saúde ao clic-clic membro.
Tendo o poder legislador não posso assumir uma pose de irresponsabilidade e esconder a mão no bolso, fazer que o problema não existe porque lhe viro a cara e faço que não o vejo. A mão dói, ontem doía e amanhã doerá. E sou destro, não tenho ‘artes mágicas’ que levem a outra a mais habilidades que pegar um objecto ou segurar um cigarro. Utilizá-la para o rato é-me impensável, em nada viável pois ela não recebeu os anos de formação que esta, a malandra, a ora queixosa, teve nesta função de clic-clic, aponta seta e clic. Enfim, resume-se em ‘não dá’, e até aprender para ‘dar’ a net-vida não pára lá porque eu criei um monstro fiscal que me faz doer a mão.
Uma emenda pior que o soneto era taxar tudo por igual e ordená-los por via alfabética; penso que, por onomástica felicidade criativa dos autores que visito, rapidamente ia parecer o elevador da Nazaré, clic-clic em cima, clic-clic em baixo e clic-clic sei lá onde mais. Coitada da mão, então obrigada a maratonas quando o que ela precisa é do descanso e curtas deslocações da roda dentada nas visitas de assiduidade. A igualdade fiscal é uma treta pois se há muitos Antónios também há os Zacarias, não tendo nem mãe nem pai nem padrinho ou oficial de Conservatória culpa de o registando vir um dia a tomar-se de brios e primores nas letras, e criar um blogue.
Não tenho competência para resolver o problema orçamental nacional, coisa de dinheiros graúdos, maquias que tratando-se do Estado passam-se a escrever e a ler com grafia fiscal. Para isso há consultores e deputados, secretários e ministros, conselheiros e figuras pardas. Eu só tenho um blogue, e já agora uma mão que dói avisando que há um notório desajustamento qualquer, réplica dolorosamente pessoal mas felizmente menor dos célebres buracos orçamentais.
Finalmente:
Estabeleço as seguintes medidas privadas, e enfie o garruço quem do seu tamanho tire bom proveito, estatalmente estruturado ou não: por restrições orçamentais e dores na falange do indicador são suspensas as visitas de cortesia ou de pura mangussagem – melhores tempos virão e eu ainda sou um rapazinho; pelo incómodo ardor do carpo as viagens diplomáticas são mantidas exclusivamente junto dos links de mais antigo e sempre fiel fascínio – não é pela dor numa mão que privo todo o eu de tais prazeres entre tantos meros agrados, estes quantas vezes ilusórios e passageiros; relativamente ao treme-treme e a seu pretexto são estabelecidos e são para cumprir horários de visitas que façam esquecer este afã do ‘vai lá espreitar, que sicrano já deve ter postado’ ou de cuscar as pitas e as suas conversas de toilette para ver o que contam e o que mostram dos folhos e rendados das suas intimidades – haja calma que ninguém vai morrer: os textos não fogem excepto em caso de trágico blogo-suicídio, e elas muito menos pois são vaidosas e exibicionistas natas.
É mais justo penalizar o profícuo legislador, o mãos largas, insensato e despreocupado linkador, emagrecendo a despesa do monstro de longo rabo que fez crescer na coluna da esquerda. Dar repouso revitalizante aos dedos do clic-clic, em dor reclamantes de receita e de receitas que de lá, coluna de links, não vêem; ou, se vêem, não o fazem em assiduidade compensatória. Mantêm-se em vigor os benefícios fiscais mas a fiscalização andará de olho atento à evasão produtiva de qualidade, com expulsão do quadro de benefícios a quem deles não justificar: é maior e mais satisfatório o meu ronronar à seda da qualidade, mesmo que tão parca que apenas permita estender mão dorida mas gulosa por afago do bem escrito, que o olhar impaciente para enormes lençóis lisos, pano-cru sem bordados de qualidade, clic-clic perdulário, rre-rre da rodinha do rato.
Lamento se até determinada altura do texto o caríssimo leitor, crédulo e bem intencionado, acreditou ser possível vir a ler cura milagrosa para buracos orçamentais. Eu sou só um gajo que é bloguista viciado e a quem dói a mão direita, falanges e carpo, ainda não o metacarpo. Se o induzi a tal inocência permito-me a presunção de que nesse momento fui um bloguista realizado. Liam-me e confiavam em mim, dávida dum deus dos blogues e tão discreto que ainda incógnito, que apiedou-se e lembrou-se deste seu devoto. Ajudou à oração a mão que dói e também o olhar socialmente preocupado para uma coluna de links que cresce, cresce, eu um único para lê-los, todos especiais por uma razão, um momento, nalguns até por um post que nunca mais se repetiu mas por ele ganharam taxa, assim justa.
Oxalá um orçamento de Estado dispusesse de tantos links, carpo, metacarpo e falange. Diplomaticamente, acho que já escrevi demais.
3 Comments:
Mas este bloguista é mesmo criativo!, fantásticoooo!! Agora, só não acredito que consigas domar o mangusso... - beijo, muf'.
Tanto palavresdo para dizer certamente que vai mudar os links todos de lugar, quiças eliminar alguns só porque lhe doi a mão...a mim cheira-me que as razões são outras, bem...quem não quer perder "pitada"...arrisca-se...lol
Pois eu julguei que vinha aí «a cura»! Mas que a Assembleia precisava de umas intruçõeszitas tuas, ai isso precisava.
Abraço.
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