Ter a faca e o queijo na mão e ficar com as raspas
Factos:
É-se avalista na compra dum electrodoméstico, uma prestação de 30 € não é paga por isto ou por aquilo, e é feita a comunicação do 'lapso' ao Banco de Portugal.
Tem-se um cheque devolvido por falta de provisão ou atrasam-se os pagamentos dum empréstimo bancário, e o incidente é comunicado ao Banco de Portugal.
Quando se solicita um crédito esses ficheiros do Banco de Portugal são consultados.
Os que têm lá o nome e querem realmente tratar da sua vidinha vão resolver o problema que os levou ao "index" nacional de caloteiros, ou, aceito existirem, de má sorte.
Dúvida:
Ora eu gostava de saber porque raio é que os oitocentos mil contribuintes 'distraídos' e sob execução fiscal, comprovadamente faltosos até improvável prova do contrário, não têm NIF e nome na famosa lista*; se o incumprimento para com o Estado é pouco relevante face ao com o sector privado. Se se quer mesmo que o sr. Silva e a sociedade XYZ, Ldª paguem o que devem.
Os deputados e os juristas que cozinhem a argumentação legal e invoquem o paralelismo dos incumprimentos, o profiláctico da medida, a conjuntura actual, a moralização do cumprimento fiscal, eu sei lá: que pensem mas sem ser 'ao contrário'. Por isso eu pergunto é se querem mesmo.
Futurologia da fácil
Eu acho que o sr. Silva ia a correr pagar os impostos se não pudesse fazer o empréstimo para o popó. E na bicha ia encontrar o sr. da XYZ. Eu acho, e por isso pergunto porquê.
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* se as incompatibilidades legais entre um incumprimento fiscal e um privado forem consideradas inconciliáveis pelos doutos, e sendo este "o país dos papéis", que venha mais um: para obter um financiamento acima de, ex. 2.500 €, que venha uma certidão da sua repartição de finanças que diga não existirem execuções fiscais pendentes sobre o 'aflito'. Era que nem ginjas...
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